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Apresentação

Cada imagem, texto ou documento fala por si.

 

O visitante poderá encontrar aqui algumas das principais criações de Joana Lopes. Que o visitante não se engane, Joana afirma que seu trabalho é trazer à tona aquilo que pertence a todos. Logo, criar, nesse caso, pode ser entendido como um processo cuidadoso e delicado de conexões com tradições e sabedorias antigas que colocam em evidência contextos de uma sociedade em permanente mudança. Seja em sua atuação que dialoga mais diretamente com o teatro, ou com a dança; seja em sua atuação como jornalista ou dramaturga, suas realizações trazem esse vetor que transborda os limites de cada especialidade para nos deixar livres para questionar os valores daquilo que nos toca.

 

Ver esses trabalhos juntos oferece a possibilidade de uma visão panorâmica que pode contribuir para artistas, pedagogos, pesquisadores e curiosos em geral se depararem com suas próprias portas de entrada. A estrutura do site convida-os a esse percurso. O inusitado de entrar em uma publicação do primeiro jornal feminista do Brasil e ir parar em um evento cênico; ou entrar em uma conversa com Paulo Freire e ir parar em um Tribunal dos Crimes do Latifúndio; ou entrar num Laboratório de Pesquisa Acadêmica e ir parar num poema. Esses e muitos outros “inusitados” revelam essas distâncias belas que o corpo de seu trabalho mobilizou e mobiliza até os dias de hoje.

 

Num país como o nosso, onde a política institucional em conflito com as inquietudes políticas de cada cidadão nos lega uma condição na qual a memória é algo aparentemente sem valor - na qual há sempre a impressão de um hiato, um abismo sem fim, entre o ontem e o amanhã - lançamos a sorte desse acervo digital nesse mar aberto da realidade virtual: que cada um possa encontrar aqui aquilo que precisa e seus próprios laços de pertencimento. Na pulsão da força da vida, desejamos a criação dessas tão faladas redes que nos colocam em comunicação. Em nossos encontros, os pontos que costuram essa rede a muitas mãos: que possamos adentrar as profundezas do mar para colher aquilo que realmente nos alimenta. 

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